Oficina de Danças da Renascença
Danças da Renascença 2016
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Iniciou sua vida musical aos nove anos, em 1971, quando integrou o coral infantil do Centro Educacional de Niterói, e posteriormente o coral juvenil. Em 1972 começou o estudo da flauta doce, com Theresia de Oliveira, tendo como professores também Helder Parente, Elizabeth Prosser e outros, nos vários festivais de música de Curitiba e Londrina. Em 1983 ingressou no Conjunto de Música Antiga da Universidade Federal Fluminense, do qual é integrante até os dias de hoje, como efetivo desta Universidade. Em 1984 teve seu primeiro contato com a viola da gamba, através da professora Myrna Herzog, e logo se encantou pelo instrumento. Em 1987, com bolsa de estudos do CNPq, viajou para os Estados Unidos, para estudar a viola da gamba com Judith Davidoff, e danças da renascença, obtendo o título de mestre em belas artes (Música medieval e renascentista) pelo Sarah Lawrence College. Retornando ao Brasil fundou e dirigiu o grupo vocal ANONIMUS, com o qual gravou um CD muito elogiado pela crítica.
Sempre integrou vários grupos de música antiga, no Rio de Janeiro e até mesmo em outros estados, entre eles o Tandaradei (com o qual excursionou pela Ucrânia, Alemanha, Suíça e França), o Saltarello, o Arcos e a Camerata Athayde. Atualmente integra o Quadro Cervantes, o Duo de Violas (com Kristina Augustin), o Quadro Antiquo, além, é claro, do Música Antiga da UFF. Com esses grupos gravou diversos CDs, que abrangem desde o repertório medieval até a música colonial brasileira, passando pela música renascentista e barroca. Em 1996 teve a oportunidade de aperfeiçoar seus estudos de viola da gamba com Marianne Müller, no Conservatório Superior de Música de Lyon, na França. Nesses anos todos, na prática da música antiga, teve o privilégio de viajar por todo o Brasil e também para o exterior, com diferentes grupos, participando de projetos como o SONORA BRASIL, do SESC e de Festivais Internacionais de Música, no México e Equador. Com o Quadro Antiquo viajou para Portugal e república Tcheca, tendo se apresentado em Lisboa, Porto, Santarém, Aveiro e Praga. Além do trabalho como intérprete também participa, como professor, de diferentes festivais de música antiga pelo país, lecionando, além da viola da gamba, a dança da renascença.
Danças da Renascença e Viola da Gamba
O repertório musical de “Danças” do renascimento europeu (séculos XVI - XVII) consta como um dos fundamentos do fazer e do pensar musicais não somente deste período artístico como também da música, da dança e do teatro dos períodos que sucederam a Renascença, até final do século XIX. Este repertório é dirigido, em sua essência, para grupos musicais onde as diferentes tessituras são distribuídas entre instrumentos da mesma “família”, como a família das “flautas doce”, ou a das violas da gamba, das charamelas, sacabuchas, etc. Os gêneros que serão trabalhados nesta OFICINA serão em sua maioria as danças: Pavana, Galharda, Sarabanda, Bransle, Basse Dance. Estes gêneros se perpetuaram e se transformaram ao longo da História da Música. Os principais autores destes gêneros de dança que serão expostos para os participantes da Oficina são:, Thoinot Arbeau (França), Pierre Attaignant (França), Claude Gervaise, Tielman Susato (Países Baixos), Anthony Holborne - autor que compôs para o Teatro Elisabetano (Rainha Elisabeth I), entre outros.
As diversas danças trabalhadas pelo Professor Mario Orlando Guimarães contarão sempre, nesta Oficina, com o Núcleo de Flautas Doce do Curso de Extensão em Flauta Doce da UDESC e também com os conjuntos de flautas doce do Curso de Graduação Licenciatura em Música da UDESC. Todos os alunos de gradução em música, como também aqueles que tocam flauta doce ou outro instrumento (violão, violoncelo, piano, p.ex.) são convidados também a tocar.
A OFICINA DE DANÇAS DA RENASCENÇA é inteiramente gratuita, dirigida ao público interno da Universidade (alunos de todos os cursos, professores e funcionários) e externo à UDESC. Para a participação na Oficina de Danças da Renascença não é necessário ser estudante de dança, como também não há exigência quanto a conhecimentos aprofundados em música.
No tratado de música e dança Orchesographie (1588) de Thoinot Arbeau encontram-se informações detalhadas sobre a música e os passos trabalhados nas oficinas.